Sentada ao banco de passageiros, mãos agarradas ao banco e olhos seguindo o intenso fluxo de carros com seus faróis que me cegam os olhos. Troco a estação da rádio de um pop chiclete qualquer para aquela em que só passa música popular brasileira. Ana Cañas. Voz doce, melodia suave, letra bonita. Deixo aí. Olho para o relógio - 18h07 - e então olho para o céu e as cores me fascinam. Há alguém tão encantada pelo céu como eu? As cores dançam, criam formas; o rosa flamingo sobrepõe-se ao roxo e o branco passa por cima dos dois, impondo seu espaço. Olho para a janela, para um último feixe de luz solar que ilumina minhas expressões na janela embaçada. Os carros continuam com pressa e somem no horizonte. Volto a olhar para o céu, porque eu não tenho pressa para que o colorido acabe. Mas o próprio céu tem. 18h12 e o rosa flamingo já não existe mais tão imponente. O vibrante dá lugar ao melancólico, e nuvens tornam-se distantes. Tudo move-se tão depressa. Os carros, as cores vibrantes, o céu e as nuvens, os meus pensamentos que são só um emaranhado sem algum sentido. 18h21 e eu já estou em casa, mas meus pensamentos que antes estavam com pressa, voltam.
Eles não querem ir embora.
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Tão nova (mais velha que eu rsrs) e já se expressa tão bem. Amo ler textos assim,de pensamentos "verdadeiros", "realistas" se é que me entende (obvio que me entende rs). Bom,amei o texto.
ResponderExcluirBeijos Blog Hora do Chá
Obrigada, mesmo!
ExcluirBeijos, Patrícia.